Laboratório Richet, do Rio de Janeiro, é um dos pioneiros no País no uso de teste rápido que diagnostica o H1N1 em apenas 1 hora.

17 Junho, 2016

Francesa bioMérieux planeja oferecer no País testes moleculares para diversas doenças, como H1N1, Sepse e meningite, e impulsionar o setor no Brasil.

Tecnologias de diagnóstico rápido tornaram-se ferramentas essenciais na gestão da saúde, tanto no setor público quanto no privado, em hospitais e laboratórios, uma vez que a aplicação da terapia correta evita o uso indiscriminado de antibióticos nos pacientes, fator que leva à criação de organismos multirresistentes a medicamentos (superbactérias), e, em alguns casos, ajuda a diminuir o tempo de internação.

Este nicho é um dos que recebem investimento da bioMérieux, empresa francesa líder mundial em diagnóstico in vitro, que pretende ampliar sua atuação no Brasil até 2020, oferecendo no País uma solução voltada ao diagnóstico rápido chamado Sistema FilmArray.

O equipamento é capaz de detectar e diferenciar, por meio de painéis, vírus, bactérias, protozoários e fungos que causam dezenas de doenças, em apenas 1 hora. Em muitos casos, os testes convencionais demoram 24 horas ou mais para fornecer essas informações.

Estudos realizados em outros países descrevem que com a implementação do Sistema FilmArray houve redução no tempo para resultado no pronto socorro e benefícios financeiros estimados em € 150 mil (cerca de R$ 600 mil) durante a temporada dos vírus respiratórios.

O equipamento, que obteve recentemente o registro na Anvisa, já está disponível no Brasil, assim como o painel de doenças respiratórias que detecta e identifica 20 microrganismos, 17 vírus e 3 bactérias, entre eles o vírus H1N1. Se o diagnóstico clínico da gripe H1N, que pode até mesmo levar à morte, for baseado apenas em sinais e sintomas, pode ser feito de maneira incorreta pela similaridade do quadro causado por estes vírus com outras doenças, especialmente em crianças.

Os pioneiros na aquisição do equipamento no País são o laboratório Richet, no Rio de Janeiro; o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo; e a Prohosp, distribuidora especializada em soluções na área de saúde, presente no Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A empresa já possui registro de outros painéis para diagnóstico de centenas de microrganismos como vírus, bactérias, fungos e protozoários, entre eles os causadores da Sepse e Doenças Gastrointestinais. Encontra-se aguardando registro na Anvisa o painel para meningites e encefalites. No exterior, a empresa oferece até o painel que detecta o vírus EBOLA.

 

Como funciona – O Sistema FilmArray® foi desenvolvido pela BioFire, empresa do grupo bioMérieux. O Sistema utiliza a técnica de biologia molecular, porém não exige pessoas especializadas para o seu manuseio, nem ambiente de laboratório com estrutura para testes de Biologia Molecular. Ele consiste em uma estação de trabalho na qual é inserido o painel – um cartucho a vácuo –, com diferentes reservatórios, onde ficam os reagentes. Nele é injetada a solução de hidratação por sistema a vácuo e depois a amostra a ser analisada.

O painel é colocado no FilmArray (cujo tamanho aproximado é o de um notebook) e tem início a análise da amostra: os ácidos nucleicos são extraídos, para que o DNA e o RNA (compostos orgânicos envolvidos na transmissão de caracteres hereditários e na produção de proteínas compostas, que são o principal constituinte dos seres vivos) sejam purificados.

Finalmente, por meio da técnica chamada Multiplex PCR, em que um fragmento específico da molécula de DNA é amplificado milhares de vezes em curto espaço de tempo, os microrganismos presentes são aumentados e a detecção é realizada, por meio da tecnologia Microarray. Ao final, o Software FilmArray analisa e libera um relatório com os resultados da amostra. Todo o processo leva apenas uma hora para ser concluído.

O método utiliza como amostra a secreção de nasofaringe e em razão da alta sensibilidade oferece aproximadamente 100% de precisão.

Os testes convencionais disponíveis no mercado utilizam o método de Imunofluorescência, onde corantes fluorescentes são usados para visualização dos antígenos nos tecidos ou em suspensões celulares. Nesta técnica são necessárias pelo menos duas horas para detectar se há ou não o vírus, e até 24 horas para identificar qual vírus está presente, sendo que este teste só detecta até 6 tipos de vírus diferentes, sendo dependente de análises visuais.

 

Na mídia

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